quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

8 animações para NÃO assistir com crianças.

Inicialmente, a ideia de filmes animados tinha o intuito de agradar apenas os pequenos, que tinham poucas opções no cinema, ou quase nada. Com o tempo, o público alvo continuou sendo as crianças, mas sofreu uma mudança significativa. Filmes com enredos adultos tomaram conta do mercado das animações, e já tem uma porcentagem significativa no número de filmes do gênero. Por tudo isso, decidi criar essa lista com 8 boas animações dentre as que não são recomendadas para as crianças. Qual sua preferida? Comente.

1. Persépolis (2007)

Persépolis (Persepolis) é uma excelente animação francesa baseada nos quadrinhos autobiográficos de Marjane Satrapi, que também foi a diretora do longa. A trama começa um pouco antes da Revolução Iraniana, onde o governo foi deposto dando início a uma terrível ditadura que controlava como todos deveriam se vestir e agir. Com um humor ácido, a diretora mostra como era a vida dos jovens na época, que eram proibidos de se divertir, e lutavam para recuperar a liberdade que anteriormente possuíam. O filme concorreu ao Óscar de melhor animação (perdendo para, pasmem, Ratatouille).

2. Valsa com Bashir (2008)

O longa do israelita Ari Folman é filmado em forma de documentário, e mostra um veterano da Guerra do Líbano buscando recuperar as memórias perdidas da época do conflito, principalmente dos eventos que marcaram o terrível massacre de Sabra e Shatila. O filme aborda ainda, de forma sensível, o envolvimento que Israel teve no ocorrido, resgatando o trauma que ainda vive no imaginário daquele povo. Valsa com Bashir foi eleito pelos críticos americanos como melhor filme de 2008, e chegou a concorrer ao Óscar de melhor filme estrangeiro.

3. A Pequena Loja de Suicídios (2012)

Usando de humor negro, a animação francesa começa mostrando uma cidade triste e melancólica onde não há mais espaço para diversão, ou seja, local perfeito para uma loja especializada em artigos para suicídio. Cordas, venenos, e outros instrumentos diversos são vendidos pelo casal Mishima e Lucrèce, até que a proprietária dá a luz a um menino alegre e repleto de vida, que muda completamente a rotina e o clima do local. Apesar do clima carregado, é um filme que passa uma mensagem bacana no final.

4. Mary & Max - Uma Amizade Diferente (2009)

Quando uma menina australiana de 8 anos começa a se corresponder com um senhor de idade solitário dos Estados Unidos através de cartas, uma forte amizade nasce entre os dois. De acordo com os altos e baixos da vida, eles vão contando suas dúvidas, suas carências e seus sonhos, e mesmo coma  distância, um busca no outro aquilo que não tem por perto. É um belo filme que nos faz rir e chorar, e emociona até mesmo os corações mais durões.

5. Walking Life (2001)

Após não conseguir acordar de um sonho, um jovem começa a encontrar pessoas da vida real em seu mundo imaginário, com quem tem longas conversas sobre o estado de consciência do ser humano, além de discussões filosóficas e religiosas interessantes. O filme foi filmado com atores reais, que tiveram a imagem sobreposta em uma película, dando assim o formato de animação desejado.

6. As Bicicletas de Belleville (2003)

Campeão é um jovem solitário que só se sente feliz quando está em cima de uma bicicleta. Percebendo a aptidão do garoto, a avó com quem ele mora passa a incentivá-lo em seu treinamento para que ele participe da Volta da França, principal evento ciclístico do país. Durante o evento ele é sequestrado, e sua avó parte em sua busca numa megalópole chamada Belleville. O longa concorreu ao Óscar de melhor filme de animação em 2004.

7. O Mágico (2010)

Um senhor que trabalha como mágico vê seu público diminuir a cada dia que passa, devido à preferência do público jovem por atrações mais populares, como shows de rock n' roll. Como consequência, ele precisa viajar para conseguir se manter no ramo, e numa dessas viagens ele conhece uma menina, que passa a viajar com ele e muda completamente sua vida.

8. Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock n Roll (2006)

A animação brasileira, que traz os personagens mais conhecidos do cartunista paulistano Angeli, começa na virada do ano de 1972 no apartamento de um deles, onde eles curtem um barato enquanto estouram foguetes de ano novo. Depois de trinta anos, todos já estão carecas e acabados, vivendo numa sociedade cada vez mais individualista e consumista. As responsabilidades, porém, não combinam com esse grupo de "inconsequentes", que buscam nas palavras de Raul Seixas a inspiração para criarem uma banda de rock completamente insana.

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