terça-feira, 7 de julho de 2015

Crítica: O Físico (2014)


Baseado no best-seller homônimo do escritor norte-americano Noah Gordon, O Físico (The Physician) conta brilhantemente a história de Rob Cole (Tom Payne), um jovem corajoso e determinado que atravessou o mundo e enfrentou enormes barreiras para aprender a arte de salvar vidas através da medicina, numa época onde essa prática era proibida pelo fundamentalismo religioso.



Depois de ver sua mãe morrer de uma doença até então desconhecida, Rob acabou sendo adotado por um malandro barbeiro-cirurgião (Stellan Skarsgard), que percorria as principais cidades da Inglaterra com a promessa de curar as diversas enfermidades existentes na obscura Idade Média. A convivência com o barbeiro e as centenas de vidas salvas por ele fizeram com que Rob se apaixonasse pelo ofício e quisesse seguir os mesmos passos.

Após descobrir a existência de Ibn Sina (Ben Kingsley), um sábio médico que vivia no oriente e era conhecido pelo poder "mágico" de curar todo tipo de doença, Rob resolveu atravessar os milhares de quilômetros que separavam a Europa da Pérsia (onde hoje é o Iraque) para encontrá-lo, afim de aprimorar seus conhecimentos, mesmo sabendo que a tarefa não seria nada fácil.

Ao longo do caminho, Rob teve que enfrentar uma série de obstáculos, desde os perigos naturais do deserto até a perversidade de um muçulmano tirano que comandava a região onde vivia o médico. O roteiro é muito bem construído, e tem como mérito o retrato relevante que faz sobre o eterno conflito entre ciência e religião, que freou o avanço tecnológico na Idade Média, principalmente no ramo da medicina, onde qualquer tipo de cura era tratada como magia negra e levava muitos à morte pela inquisição.



As atuações são verossímeis, e os personagens bem trabalhados. A única coisa desnecessária na história talvez tenha sido o romance entre Rob e Rebecca (Emma Rigby), que ganhou mais destaque do que de fato deveria do meio para o final. Por fim, o que ninguém pode negar, no entanto, é que acima de tudo este filme é uma experiência visual incrível. A fotografia e a ambientação da época são impecáveis, assim como a trilha sonora, o que ajuda a transformá-lo em um jovem clássico.


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