segunda-feira, 27 de julho de 2015

Crítica: Um Reencontro (2015)


Um homem e uma mulher se conhecem em uma festa e repentinamente sentem uma forte atração um pelo outro. Porém um deles é casado, e por conta disso se torna praticamente impossível levar essa relação adiante. Resumidamente, essa seria a sinopse do romance Um Reencontro, novo longa-metragem da francesa Lisa Azuelos, mas não se engane: ele vai além disso.



Elsa Santorini (Sophie Marceau) é uma escritora de sucesso que, apesar da carreira estável, sente uma tristeza muito grande por não ter um homem que a ame do seu lado para dividir as felicidades da vida. Durante a festa de lançamento de seu mais recente livro, Elsa acaba sendo apresentada a Pierre Solal (François Cluzet), um advogado que está de passagem pela cidade para resolver um caso.

Apesar de sentir uma forte atração por Pierre, Elsa logo desiste de tentar alguma coisa ao descobrir que ele é casado e tem filhos, o que definitivamente vai contra os seus princípios. Porém, um segundo encontro inesperado acontece durante uma festa e eles não conseguem evitar de ficarem juntos, ainda que seja só por uma noite. No final, decidem não trocar os telefones, e deixar assim que o destino decida se eles se verão novamente ou não.



Os dias passam e cada um continua vivendo sua vida, mas é evidente que um não consegue esquecer do outro. O enredo apela bastante para o lado psicológico e imaginativo dos personagens, que por sinal, trazem ótimas atuações. A harmonia que há entre os dois protagonistas é, desde o início, extremamente cativante, o que ajuda a criar um interesse no espectador em saber o que vai acontecer com eles e torcer para um final feliz, seja juntos ou não.

Apesar de flertar com alguns clichês do gênero, não dá para dizer que Um Reencontro não tenha sua originalidade. Pelo contrário, a paixão entre dois desconhecidos ganha uma nova abordagem, sob um prisma quântico. Sim, isso mesmo que você leu. Segundo o conceito simples da física quântica, um átomo pode estar em diferentes lugares e fazer trajetórias opostas ao mesmo tempo, o que no caso, explicaria as diferentes possibilidades que um relacionamento pode ter e os rumos que ele pode tomar. Complexo, não?


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