terça-feira, 18 de agosto de 2015

Crítica: X + Y (2015)


Histórias de superação existem aos montes no mundo do cinema, mas os estúdios e os diretores sempre encontram espaço para trazer o gênero de volta às telas. X + Y, primeiro longa de ficção do britânico Morgan Matthew, é mais um daqueles filmes leves, feitos para agradar um determinado público, cujo resultado é  insatisfatório.



Nathan (Asa Butterfield) é um verdadeiro prodígio em matemática. Em compensação, sua relação com as pessoas é bastante prejudicada por sua personalidade autista, que piora ainda mais com a morte precoce do pai em um acidente de carro. Passando a viver apenas com sua mãe (Sally Hawkins), Nathan logo é matriculado em uma nova escola, onde conhece o professor Martin Humphreys (Rafe Spall), com quem se dá muito bem.

Por indicação de Humphreys, Nathan acaba entrando para equipe que está treinando para representar a Inglaterra nas Olimpíadas de Matemática. O grupo viaja para Taiwan onde se encontra com membros de outros países para fazer um intensivo, mas Nathan não se sente a vontade com isso. Primeiro, por ser a primeira vez que ele fica longe de casa, e segundo, porque antes ele se achava único e agora se vê obrigado a ficar no meio de tantos outros iguais a ele, ou até mesmo mais inteligentes.


Na viagem ele conhece Zhang Mei (Jo Yang), uma jovem da equipe chinesa com quem faz uma grande amizade. Os dois se dão muito bem justamente pelo contraste de personalidades: Nathan é um garoto sério e com medo de tudo, enquanto Zhang é extremamente ativa e sempre bem humorada. De volta à Inglaterra, onde será realizada a olimpíada, ele acolhe a menina em sua casa, e os dois não demoram para descobrir que entre eles existe algo a mais que simples amizade.

O enredo do filme não traz nada de novidade e é até mesmo bastante previsível ao contar a história de um menino com dificuldades sociais que vê em alguma habilidade a chance de crescer na vida, enquanto descobre os mistérios do amor. Mais clichê que isso só mesmo o romance que nasce entre sua mãe e o seu novo professor, e o caso de um dos colegas de Nathan que pensa em se matar por não gostar de matemática e estar sendo obrigado a participar de tudo.


O final também é algo que deixa a desejar, pois é inconcluso e poderia ter sido bem mais trabalhado. Apesar de tudo, o filme não é de todo ruim. A atuação de Sally Hawkins mais uma vez impressiona, assim como a de Asa Butterfield. Aliás, o elenco de jovens é bastante competente, e segura bem as pontas. Para quem gosta do tipo de filme leve, feito para emocionar e nada mais, está aí uma boa pedida. Mas não espere muito se você estiver querendo ver algo original.


Um comentário:

  1. E o final do filme ainda fez permanecer o Bullyng no pessoal que estuda matemática de verdade. Ficou tipo um redenção de um nerd esquisito que jogou tudo pro ar pra ir namorar rsrsrs, e ainda teve o lance do cara segurando a porta com a bengala pra se cumprir o destino redentor.

    Agora as mães que assistirem esse filme e que tem filhos estudiosos vão voltar pra casa e falar "Larga esse livros e vai procurar uma namorada seu nerd esquisito!" kkkkkkkk

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