Uma das melhores sensações que existe é a de terminar um
filme e ficar olhando os créditos finais totalmente impactado por tudo
que acabou de ver. Fazia alguns meses que isso não me ocorria, e
aconteceu hoje ao terminar de assistir Judas e o Messias Negro, filme do
diretor Shaka King.
Baseado numa história real, o enredo se
passa em 1968 e começa acompanhando William O'Neal (Lakeith Stanfield),
um ladrão de carros que usa uma estratégia peculiar para atacar suas
vítimas: se passar por um agente do FBI. Um dia ele acaba sendo
capturado pelo próprio FBI, indo parar nas mãos do agente Roy Mitchell
(Jesse Plemons), que lhe dá duas opções: ir para a cadeia por alguns
anos ou realizar uma missão como infiltrado no partido dos Panteras
Negras em troca da sua liberdade.
Na mesma época, o presidente dos Panteras Negras em Illinois era Fred Hampton (Daniel Kaluuya), um jovem de 21 anos com ideais muito fortes e discursos efusivos. Aos poucos, William vai conquistando seu espaço no grupo e ganhando a confiança do próprio presidente, para quem ele passa a dirigir. Embora o roteiro foque nessa relação entre Fred e William, que como o nome do filme já sugere termina em uma tragédia bíblica, o diretor se preocupa em abordar muitas outras questões. A principal delas talvez seja a forma como o governo dos EUA tratava na época qualquer forma de resistência que surgia, com extrema violência e repressão. É interessante analisar também, que por mais odiosa que tenha sido a atitude de William de aceitar fazer parte desse plano, ele na verdade não passou de mais uma vítima do governo estadunidense, e apenas mais uma peça nesse jogo sujo.
Na mesma época, o presidente dos Panteras Negras em Illinois era Fred Hampton (Daniel Kaluuya), um jovem de 21 anos com ideais muito fortes e discursos efusivos. Aos poucos, William vai conquistando seu espaço no grupo e ganhando a confiança do próprio presidente, para quem ele passa a dirigir. Embora o roteiro foque nessa relação entre Fred e William, que como o nome do filme já sugere termina em uma tragédia bíblica, o diretor se preocupa em abordar muitas outras questões. A principal delas talvez seja a forma como o governo dos EUA tratava na época qualquer forma de resistência que surgia, com extrema violência e repressão. É interessante analisar também, que por mais odiosa que tenha sido a atitude de William de aceitar fazer parte desse plano, ele na verdade não passou de mais uma vítima do governo estadunidense, e apenas mais uma peça nesse jogo sujo.
As
atuações são fantásticas, com destaque para Kaluuya e Stanfield. O
primeiro mostra mais uma vez o porque de ser considerado um dos melhores
atores atuais, apresentando um personagem intenso e que é responsável
pelas falas mais impactantes do longa (e não são poucas). Já Stanfield
consegue transparecer no rosto o quanto seu personagem foi ficando cada
vez mais incomodado de estar naquela situação, e o resultado final é
fantástico. Trata-se, com certeza, de um dos melhores filmes do ano, não
só pela qualidade técnica mas pela força que tem.
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