sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Crítica: Finch (2021)


Lançado pela Apple TV, Finch é um dos filmes mais "fofos" que você irá assistir este ano. Sim, essa é a palavra certa para definir o longa dirigido por Miguel Sapochnik, que mesmo se passando em um cenário devastado e pós-apocalíptico, é extremamente encantador e rende boas reflexões sobre o ser humano e suas emoções.


O enredo, num primeiro momento, não parece trazer nada de novo comparado a tudo que já foi mostrado em outros filmes do gênero Sci-fi, trazendo a história de um homem que precisa sobreviver em meio a um cenário arrasado na companhia de seu cão, onde a Terra que conhecemos não existe mais. Mas o filme tem algumas originalidades que vão aparecendo aos poucos, e creio que a principal delas seja o fato de Finch (Tom Hanks) construir um robô com inteligência artificial em seu bunker com a única finalidade de cuidar do cão após sua morte, já que ele acredita que não tem muito tempo de vida.

O foco principal do filme acaba sendo justamente o protagonista ensinando o robô a fazer coisas de humanos, desde caminhar até a dirigir veículos, desde alimentar o cachorro até jogar a bolinha para ele pegar. Estas são, inclusive, as partes mais cômicas do filme, e é muito legal acompanhar a máquina adquirindo esses conhecimentos. O mais curioso é que o robô, que se autodenomina Jeff, sabe muitas informações técnicas sobre praticamente tudo, por ter sido programado através de enciclopédias, e portanto não é sobre nada disso que Finch o ensina mas sim sobre o que é ser humano, sobre o que é o amor, a confiança e a lealdade.


Único ponto que para mim poderia ter sido melhor trabalhado é o fato de não haver uma explicação mais detalhada a respeito do que aconteceu com a humanidade e o porquê de Finch ser um dos pouquíssimos sobreviventes. Mas a relação de Finch com o robô Jeff, e também com o cachorro, é tão contagiante que nem dá tempo para se incomodar com esses detalhes durante a exibição. Aliás, que personagem incrível é o Jeff, que por vezes até me fez esquecer se tratar de uma máquina. Destaque também pro Tom Hanks, cujo carisma incomparável faz toda a diferença. Por fim, Finch é um filme leve, daqueles que você deve assistir sem muita pretensão, mas que vale a pena!


Nenhum comentário:

Postar um comentário