quarta-feira, 22 de maio de 2013

Crítica: Um Alguém Apaixonado (2012)


O nome pode até enganar, mas apesar de envolver amor, paixão e ciúmes, Um Alguém Apaixonado (Like Someone in Love) não se trata de um romance. Na verdade, não dá para indicar um gênero específico para o filme, pois ele engloba na verdade um pouco de tudo.


A trama gira em torno de Akiko (Rin Takanashi), uma universitária que complementa sua renda fazendo programas. Em uma noite comum ela é enviada para atender um professor de sociologia aposentado, o gentil Takashi (Tadashi Okuno), que acaba se transformando em uma figura importante para o seu futuro.

Akiko é noiva de Noriaki (Ryo Kase), um mecânico que não sabe nada da sua vida paralela, mas possui desconfianças e sofre de uma forte insegurança. O personagem, bem interpretado, vive uma angústia por conta de seu ciúme exagerado (ou sexto sentido, a quem preferir).


O filme é rodado em um ritmo extremamente lento, dando foco aos diálogos. Em alguns casos isso funciona, mas aqui ficou cansativo. O curioso é que o filme é filmado no Japão, com atores japoneses falando a língua deles, enquanto o diretor é Iraniano e não fala uma palavra do idioma oriental. Fica a pergunta: como foi que se entenderam? É no mínimo curioso de se pensar.

As atuações são consistentes, mas ficou um ar de "ok, mas e daí?" quando o filme terminou. Além disso, em momento algum é explicado o que cada personagem é, já que eles aparecem abruptamente sem uma apresentação plausível. Se eu não tivesse lido a sinopse antes, provavelmente não teria sacado metade do que saquei durante o filme.


Enfim, o cinema oriental já nos presenteou com inúmeras obras interessantes, mas essa passou longe do padrão de qualidade vindo de lá. Um filme confuso, monótono, e porque não dizer, desnecessário.


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