terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Crítica: Jimmy P. (2013)



Baseado numa história real, Jimmy P. conta a história de Jimmy Picard (Benício Del Toro), um índio americano que acabou de voltar da Segunda Guerra. Com problemas físicos e psíquicos, como cegueira momentânea, dormência pelo corpo e visões, ele é levado aos hospital, onde os médicos acreditam que eles está com esquizofrenia.


Por se tratar de um índio, proveniente de uma cultura diferente das suas, os médicos não sabem direito o que fazer e resolvem chamar o antropólogo George Devereux (Mathieu Amalric), que é um exímio estudioso das etnias, para ajudá-los. George e Jimmy começam a conversar e, aos poucos, o soldado vai contando ao antropólogo toda a sua vida, desde a infância complicada até a separação da mulher antes de ir para a guerra.

Jimmy perdeu o pai ainda com 5 anos, e foi criado pela irmã mais velha e seu cunhado. Aos 17 anos teve uma filha de outra etnia, que foi morar com a avó após a morte da mãe. Já na Guerra, Jimmy sofreu, como todo soldado que não sabe o que está fazendo lá. Para piorar, no retorno ficou sabendo que sua mulher estava com outro.


No meio da história, Jimmy também vai contando seus sonhos. É legal a forma como se misturam realidade e delírios na narrativa, e o diretor soube utilizar muito bem isso. Com tudo isso, George vai traçando a personalidade de Jimmy, tentando encontrar um motivo a mais para sua enfermidade.

Jimmy P. é um filme construído nos diálogos. Pode-se dizer que 90% do filme é apenas falado, e apesar disso ter sido bem construído, ficou um pouco cansativo do meio pro final. As atuações são muito boas e cumprem seu papel, assim como a fotografia que é deslumbrante.


Um comentário:

  1. Filme interessante, prende a atenção pela curiosidade de saber o fim de cada conto. Não costumo assistir filmes com Del Toro, porém esse me chamou a atenção, apesar de ser mais diálogos que ações,e pelo fato de ser baseado em fatos reais, tipos de filmes que também prefiro assistir.

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