quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Crítica: Ataque dos Cães (2021)


Adaptado do livro homônimo de Thomas Savage, o novo lançamento da Netflix "Ataque dos Cães" (The Power of the Dog) marca a volta da cineasta Jane Campion, vencedora de dois Oscar em 1994 com "O Piano", após 12 anos do seu último trabalho nas telas.

 

O longa acompanha os irmãos Phil (Benedict Cumberbatch) e George (Jesse Plemons), ricos e proprietários de um rancho no estado de Montana nos anos 1920. Enquanto Phil é um homem durão e agressivo, George é um poço de generosidade, e quando este último se casa em segredo com Rose (Kristen Dunst), uma viúva local, a relação dos dois irmãos começa a ser abalada.

O filme tem um ritmo arrastado e uma edição bem problemática. Dividido em 4 capítulos, a transição entre eles não parece fazer sentido, e o filme vai decaindo a cada um deles. Não existe o mínimo interesse em nos dar mais informações sobre os personagens, que são pouco ou nada carismáticos. Nem mesmo Peter (Kodi Smit-McPhee), filho de Rose, que poderia ter um arco interessante, não é desenvolvido como deveria.


O roteiro deixa muitas coisas implícitas, inclusive a questão da sexualidade de alguns personagens, e não entra a fundo em nenhum assunto que se propõe a abordar. Há um plot twist interessante no final, mas eu já estava tão cansado do desenrolar da história que sinceramente nem isso me conquistou. O único ponto positivo foram as atuações e a fotografia da época, mas isso é muito pouco pros nomes envolvidos na produção.

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