sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Crítica: Judy - Muito Além do Arco-Íris (2020)


Judy Garland foi uma atriz, cantora e dançarina norte-americana que se tornou uma das principais estrelas da "Era de Ouro" dos musicais de Hollywood. Seu primeiro grande sucesso foi ainda com 16 anos de idade, quando interpretou Dorothy em O Mágico de Oz, que a levou a conquista do extinto "Óscar Juvenil" em 1940. Bom, esta parte radiante da vida de Judy Garland todos sempre acompanharam, mas poucos conheceram de verdade a sua intimidade, os seus problemas pessoais, e o fato da mesma indústria que a fez famosa ter, de alguma forma, acabado com a sua vida.



O filme de Rupert Goold (de A História Verdadeira) é uma adaptação da peça da Broadway "Judy: O Fim do Arco-Íris", que conta um pouco mais da vida e da personalidade por trás de Judy, abordando dois períodos da sua carreira: o primeiro durante as filmagens de O Mágico de Oz e o segundo, com mais tempo em tela, durante sua derradeira turnê em Londres, na boate Talk of the Tall, já nos seus últimos dias de vida. 

Judy enfrentou muitos problemas pessoais, e sua morte precoce (aos 47 anos) foi uma consequência disto. Durante toda sua vida ela teve de lidar com problemas como depressão e baixa auto-estima, e sua carreira foi muito comprometida por isso. Por não conseguir terminar muitos de seus filmes, os estúdios começaram a ter receio de contratá-la e consequentemente "jogar dinheiro fora", então ela foi cada vez menos sendo requisitada para papéis de destaque. O filme mostra bastante esse descontentamento interno dela com a forma que levou a carreira.



O longa tem muitos pontos negativos, principalmente na sua forma narrativa, que não convence e torna o filme um pouco cansativo, mas o que salva ele é mesmo a atuação impressionante de Renéé Zellweger, cotada para vencer todas as premiações do ano na categoria de melhor atriz (merecidamente). O diretor sabia o que tinha em mãos e aproveitou para enaltecer sua performance ao máximo. Vale reforçar que ela mesmo cantou em todas as cenas musicais, o que exalta ainda mais a grandeza de sua atuação.

Infelizmente Judy se torna um filme incompleto para mostrar a grandeza e a importância da carreira de Garland para o cinema, mas tem a importante missão de colocar o nome de Judy em voga novamente e fazer a juventude de hoje pesquisar mais sobre ela, o que de fato já o faz valer a pena.


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