domingo, 17 de maio de 2020

Crítica: Má Educação (2020)


Lançado mundialmente na plataforma de streaming da HBO, Má Educação (Bad Education) conta a história real de um dos maiores escândalos de desvio de dinheiro da história recente norte americana, onde mais de 11 milhões de dólares foram desviados do fundo escolar.



Frank Tassone (Hugh Jackman) é o superintendente de escolas de Nova Iorque, e trabalha rotineiramente como administrador em uma delas, a famosa Roslyn High School. Tassone tem uma forte ambição de ser sempre o melhor, e a instituição é reconhecida pelo seu alto nível, de onde os alunos costumam sair direto para grandes faculdades. Por conta disso, ele conta com todo o prestígio da sociedade, sendo visto por alunos e pais como um homem íntegro e respeitável. 

Quando uma jovem do jornal estudantil começa a pesquisar mais a fundo os orçamentos da escola para uma matéria sobre a construção de uma passarela, ela começa a descobrir uma série de fraudes na contabilidade que logo estouram em um escândalo de escala nacional. Na história real, a descoberta dos desvios foi feita de forma anônima, e nunca foi descoberto o verdadeiro responsável. Aqui, por uma questão narrativa, Rachel (Geraldine Viswanathan) ganha essa responsabilidade.



As fraudes envolvem primeiramente o nome de Pam Gluckin (Allison Janney), a assistente do diretor, que empresta o cartão corporativo da instituição para familiares e amigos usarem para uso pessoal. Tassone descobre e faz um teatro a respeito de sua demissão, tentando tirar o seu da reta e manter a imagem de homem honesto. No entanto, não demora para que as investigações também cheguem ao seu nome, revelando muito mais do que qualquer um poderia imaginar.

O roteiro é muito bem estruturado, e mesmo possuindo alguns elementos clássicos de filmes do gênero ele não segue estritamente uma cartilha, tendo como mérito a sua própria originalidade. Hugh Jackman está muito bem num dos papéis mais interessantes da sua carreira até então, assim como Allison Janney. Ficaria feliz de vê-los indicados no próximo Óscar, ainda que eu ache difícil pelas regras da Academia.


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