quinta-feira, 18 de junho de 2015

Crítica: A Fotografia Oculta de Vivian Maier (2015)


Indicado ao Óscar de 2015 na categoria de melhor documentário, A Fotografia Oculta de Vivian Maier nos apresenta a intrigante história da personagem-título, uma babá que tirou fotos verdadeiramente incríveis a partir dos anos 1950 mas que nunca haviam sido reveladas até caírem nas mãos de John Maloof em 2009, um dos diretores do filme.


Mas afinal, quem era essa mulher que tinha um tato único para capturar a beleza do mundo mas que ninguém nunca havia ouvido falar? É essa questão que o documentário tenta responder indo atrás de algumas pistas, na tentativa de encontrar pessoas que teriam tido algum convívio com ela enquanto era viva (ou até mesmo descobrir se ela ainda está viva).

Aos poucos vamos adentrando mais a fundo no universo de Vivian Maier. Histórias sobre seu trabalho como babá, traços de sua personalidade controversa e misteriosa, e a paixão por fotografias, que fez com que ela tirasse mais de 100 mil fotos ao longo da vida. Além das fotos, Maier era também uma colecionadora compulsiva, e foram encontradas inúmeras caixas contendo cartas, peças de roupas, jornais e até mesmo recibos de compras, o que ajudou ainda mais a compreender um pouco mais sobre ela.


A história em si já é bastante curiosa, mas não seria tão interessante se as fotografias tiradas por ela não fossem realmente excepcionais. Muitas das suas fotos são mostradas ao longo do filme todo, e deixa a gente de queixo caído. Com uma qualidade artística única, essa mulher "anônima" conseguiu capturar as situações do cotidiano de uma forma humana, como poucos fotógrafos renomados conseguiram até então.

Depois de reunir todas as fotografias de Maier (que vocês podem conferir no site www.vivianmaier.com), John Maloof começou a apresentá-las em exposições, que foram enormes sucessos pelo mundo afora. Por fim, o documentário é excelente, e o grande mérito é justamente mostrar o trabalho de uma grande artista até então desconhecida, o que nos faz pensar em quantos iguais não existem por aí, apenas esperando alguém encontrá-los.

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