terça-feira, 2 de junho de 2015

Crítica: Promessas de Guerra (2015)


Conhecido mundialmente por seu trabalho como ator em diversos filmes de sucesso como Gladiador, Uma Mente Brilhante e o mais recente Noé, o neozelandês Russell Crowe resolveu se aventurar pela primeira vez na direção com Promessas de Guerra (The Water Diviner), um bom drama que se passa no período da Primeira Guerra Mundial.



O enredo começa retratando os conflitos na região turca de Galípoli, no fim da Primeira Guerra Mundial, quando australianos, neozelandeses, britânicos e franceses invadiram o país com a intenção de capturar o estreito de Dardanelos. A batalha, que em 2015 completa 100 anos, deixou milhares de mortos, de ambos os lados, e uma extensa lista de desaparecidos.

Após mostrar um pouco do que foi essa batalha, o filme foca na vida do fazendeiro australiano Joshua Conner (Russell Crowe), pai de três dos soldados que foram à frente de batalha e nunca mais voltaram para casa. Decidido a descobrir o verdadeiro paradeiro dos três, ele embarca em uma longa viagem rumo à Turquia.



O filme mistura cenas da trajetória de Conner no presente com cenas de alguns anos atrás, quando o mesmo chão em que ele hoje pisa era um sangrento campo de batalha. Enquanto tenta de todas as formas seguir as pistas dos filhos, ele fica hospedado em um pequeno hotel comandado por Ayshe (Olga Kurylenko) e seu filho Orhan (Dylan Giorgiades), que logo o ajudam na difícil missão.

Apesar de prender a atenção até o fim, o enredo parece carecer de algo, e deixa algumas pontas soltas. Num primeiro momento é difícil localizar o contexto da história se você nunca leu sobre os acontecimentos retratados, pois o diretor não se esforça em explicar absolutamente nada. O final também deixa um pouco a desejar, e apela para uma dramatização por vezes desnecessária.



Apesar dos acidentes de percurso, há que se salientar que o filme tem seus bons momentos. As cenas de batalha foram muito bem construídas, e a fotografia do filme no geral é excelente, o que mostra que Crowe tem uma ótima percepção visual. Outro ponto interessante é sua própria atuação, que segura o filme de forma competente. Por fim, pode não ser o grande filme que se esperava, mas para uma primeira investida como diretor, dá para dizer que Crowe se saiu bem.

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