quinta-feira, 25 de junho de 2015

Crítica: Minions (2015)


Quando foi lançado em 2010 o filme Meu Malvado Favorito, primeiro longa metragem da curta história do estúdio Illumination Entertainment, ninguém, nem mesmo os próprios produtores, acreditavam que ele alcançaria o sucesso que alcançou. Mas mais do que isso, a grande surpresa foi este êxito ter sido atribuído, quase que exclusivamente, aos Minions, os seres amarelos que trabalhavam como ajudantes do malvado Gru, e que eram para ser inicialmente meros coadjuvantes.


Cinco anos depois eles estão de volta às telas, dessa vez com seu próprio filme. A trama começa mostrando um pouco mais sobre a história deles e de como viveram na Terra desde que surgiram, a milhões de anos atrás. Sempre empenhados em ajudar os vilões do momento, eles trabalharam junto com dinossauros, homens das cavernas e até mesmo imperadores durante algumas guerras.

Nos anos 1960 eles estão definitivamente entediados, pois há muito tempo não encontram a quem servir. É quando três deles, Kevin, Bob e Stuart, resolvem viajar o mundo atrás de um novo vilão e acabam dando de cara com uma mulher malvada, que ambiciona roubar o trono da rainha da Inglaterra e assim dominar o país. Decididos a ajudá-la na missão, os Minions mal esperavam que com isso estariam se metendo em uma enorme confusão, o que colocaria inclusive suas próprias vidas em risco.


Tudo parece começar bem, mas não demorou muito para que eu me sentisse incomodado com o que estava assistindo. Os minions perderam nesse filme toda aquela sagacidade que havia virado marca registrada deles, abrindo espaço para uma série de piadas bobas e situações sem graça, que decepcionam aqueles que, como eu, deram muita risada nos dois filmes da franquia anterior e esperavam repetir a dose.

Mas como nada é tão ruim que não possa piorar, entra em cena a vilã Scarlett Overkill (voz de Sandra Bullock na versão legendada e de Adriana Esteves na versão brasileira). Além de não possuir um pingo de carisma, a personagem é extremamente exagerada, e acaba se tornando intragável logo nos primeiros minutos, o que definitivamente acaba com qualquer chance do filme tomar um bom rumo daí para a frente.


Por fim, fica a certeza de que os minions só funcionam mesmo em Meu Malvado Favorito, em pequenas doses e sendo comandados pelo engraçadíssimo Gru. Ao ganharem espaço para serem os protagonistas da história, algo se perdeu, e o que poderia ter rendido um ótimo filme infelizmente se tornou um entretenimento descartável e de baixa qualidade.

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