quarta-feira, 10 de junho de 2015

Crítica: Suzanne (2014)


Da jovem diretora Katell Quillévéré, Suzanne é um filme bastante profundo que nos faz pensar sobre as infinitas possibilidades que a vida nos dá, acompanhando cerca de 20 anos na vida da personagem-título, de sua infância até sua fase adulta, e todas as mudanças que ocorreram nesse período de tempo.



Suzanne (Sara Forestier) e sua irmã Maria (Adele Haenel) sempre foram muito unidas e tiveram uma infância feliz ao lado do pai (François Damiens), mesmo com a morte precoce da mãe. Trabalhando como caminhoneiro, Nicolas costumava levar as filhas em muitas de suas viagens curtas, e tudo sempre foi uma diversão para elas.

Já na adolescência, cada uma foi tomando seu rumo próprio na vida. Maria desde sempre foi a mais independente das irmãs, enquanto Suzanne nunca soube o que de fato queria da vida. Tudo piorou quando ela apareceu grávida de um pai desconhecido, o que alterou de vez sua vida dali para frente.



Os anos foram passando e Suzanne foi se perdendo cada vez mais em atitudes erráticas que a levaram, definitivamente, ao fundo do poço. O filme traz uma boa reflexão a respeito das decisões que tomamos na vida, que seja para o bem ou para o mal, são o que definem nosso futuro. Somente nós mesmos somos responsáveis por escrever nossa história, e as vezes isso é muito mais difícil do que se pensa.

Suzanne é declaradamente um filme sobre as escolhas da vida e a passagem do tempo que nos molda de acordo com elas. É mais uma prova de que filmes simples e curtos, quando bem feitos, conseguem passar uma mensagem que poucos conseguem. As atuações são bastante convincentes e merecem elogios, e o enredo é tão natural que é impossível não criar empatia logo nos primeiros minutos.


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