quarta-feira, 24 de junho de 2015

Crítica: Mad Max - Estrada da Fúria (2015)


Nos últimos anos, o que se viu foi uma verdadeira enxurrada de reboots e remakes de filmes clássicos, quase todos de qualidade bastante duvidosa. Por esse motivo, era de se esperar toda a aura de desconfiança que existiu para cima de Mad Max - Estrada da Fúria (Mad Max - Fury Road), divulgado desde o início como sequência da trilogia que iniciou em 1979 e terminou em 1985, e que contava com Mel Gibson no papel principal.


Sob a mesma direção de George Miller, o filme de 2015 não somente fez justiça aos originais como conseguiu ser disparado o melhor de toda a franquia, o que é um mérito e tanto. O cenário continua o mesmo: um mundo pós-apocalíptico, desolado e sem água, onde a luta pela sobrevivência é extremamente violenta. A atmosfera do filme também segue na mesma linha, com personagens e acontecimentos bizarros que beiram a insanidade.

Nesse mundo distópico quem manda são os mais fortes, dessa vez comandados pelo vilão Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), mestre de uma cidadela primitiva que controla toda a água remanescente no planeta. Seus homens aparecem logo na primeira cena, quando capturam e levam como prisioneiro o solitário ex-policial Max (Tom Hardy), que ainda vive desolado por conta de seu conturbado passado.



Quando a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), uma das peças importantes do exército de Joe, fica encarregada de ir até outra cidade buscar combustível, tem início uma perseguição implacável. Na tentativa de salvar as mulheres da cidade, que viviam como verdadeiras escravas, ela muda sua rota e foge com elas pela imensidão do deserto. No caminho elas acabam esbarrando com Max, que inicialmente reluta em ajudá-las mas logo se torna peça importante nessa missão. 

Se tem algo que ninguém pode falar desse filme, é que nele não há ação. Tirando alguns segundos iniciais, que servem para nos encaixar na história, ao longo de suas duas horas ele simplesmente não pára. É eletrizante e hipnotizante, e fica realmente impossível desgrudar o olho da tela até o final. Muito se critica o roteiro do filme, mas confesso que não o vi com maus olhos. Devido a sua forma corrida, seria realmente impossível aprofundar os personagens como eles mereciam, mas não achei que isso tenha atrapalhado o rumo final, principalmente por causa das boas atuações dos envolvidos.


Por fim, dá para dizer que Miller corajosamente juntou tudo aquilo que os blockbusters de ação da atualidade evitam mostrar e temperou com sua própria dose de insanidade, e esta mistura ficou realmente boa. O filme é cru e visceral, e já pode ser considerado, sem sombra de dúvidas, um dos melhores filmes de ação de todos os tempos (e olha que eu estou longe de ser um fã do gênero).

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