quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Crítica: Frances Ha (2013)



O cinema independente dos Estados Unidos traz a cada ano boas surpresas. São os típicos filmes que fogem do público em geral, mas que acabam sempre arrancando elogios em festivais pelo mundo a fora, e Frances Ha, do diretor Noah Baumbach, não foge dessa característica. 




A trama mostra a estória de Frances (Greta Gerwin), uma jovem assistente de uma companhia de danças que divide um apartamento com a melhor amiga Sophie (Mickey Sumner). Engajada a dar uma nova cara para a vida após o término de mais um relacionamento amoroso, ela passa seus dias buscando um sentido pra vida, seja na dança, seja nos amigos ou mesmo em viagens.

Depois que Sophie resolve se mudar para um apartamento novo na companhia de outra amiga, Frances se vê sozinha, e passa a morar com os amigos Benji e Patch. Após ser demitida do emprego, ela vai cada vez se afundando mais, porém, sem nunca deixar de levar a vida com graça e desenvoltura. Ela não se deixa abalar pelas coisas ruins, mesmo que para isso tenha que mentir para si mesma.



A fotografia em preto-e-branco já deixou de ser algo original, já que muitos diretores vem empregando isso nos seus filmes mais atuais. No entanto, coube bem nesse filme, e com certeza trata-se de um dos pontos altos da obra. As atuações são singelas e consistentes, e Greta Gerwig está muito bem no papel da jovem sonhadora. É um filme com um tema melancólico, mas o diretor resolveu dar um chega para lá na tristeza, e filmou tudo com muita leveza. Para finalizar tem a trilha sonora, que é apaixonante, relembrando alguns clássicos dos anos 80.

É um filme que aborda de forma natural alguns fatos da vida. Passa a ser ainda mais interessante por trazer algumas questões palpáveis a todos nós, como aquele sentimento que as vezes nos atinge de não saber bem o que queremos da vida. Como uma das boas surpresas desse ano, Frances Ha é um filme leve que merece ser visto por todos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário