segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Crítica: Homens e Galinhas (2015)


Conhecido por roteirizar dramas da diretora Susanne Bier, como Em Um Mundo Melhor e Segunda Chance, o dinamarquês Anders Thomas Jensen nos surpreende com seu longa Homens e Galinhas (Maend & Hons), uma comédia de humor negro que já é um dos filmes mais estranhos do ano.



Elias (Mads Mikkelsen) e Gabriel (David Dencik) são irmãos e acabam de perder o pai. Em um vídeo deixado pelo mesmo, eles ficam sabendo que na verdade não eram seus filhos, e juntos resolvem partir para outra cidade para conhecer a família biológica. O que eles não esperavam era encontrar no local outros três irmãos, um mais excêntrico que o outro, que os recebem da pior forma possível.

Não demora, no entanto, para que os cinco consigam se acertar, principalmente depois que Gabriel instaura uma série de regras de convivência a serem seguidas por eles. Nesse ínterim acontecem algumas situações bizarras, sobretudo quando os dois descobrem um segredo obscuro da família no porão envolvendo experimentos com animais.



O filme faz uma boa sátira a respeito da concepção que se tem de família, costumes e inclusive religião, com bons diálogos filosóficos enquanto os personagens fazem a leitura da bíblia em forma de história para ninar. As atuações são convincentes, e o principal nome envolvido é o de Mads Mikkelsen, irreconhecível na pele de um personagem irracional e de temperamento difícil. Por fim, apesar de suas irregularidades, Homens e Galinhas é um filme que vale a pena, principalmente pela experiência de se ver na tela algo original e diferente nos dias de hoje.


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