terça-feira, 20 de outubro de 2015

Crítica: A Festa de Despedida (2015)


A questão da eutanásia já foi abordada em diversos filmes ao longo dos anos, e o israelense A Festa da Despedida (Mita Tova) traz o tema novamente à tona. Muito já se discutiu acerca desse direito de abreviar a vida, mas nunca se chegou a um consenso universal sobre isso ser certo ou errado. Ao mesmo tempo em que muitos defendem outros tantos criminalizam a prática, e basta tocar no assunto para a discussão ir longe.



No novo filme dos diretores Sharon Maymon e Tal Granit, que já haviam trabalhado juntos em Férias de Verão (2012), a trama acompanha um grupo de amigos que vivem em uma casa de repouso de Jerusalém. Cansado de ver outros residentes sofrendo enquanto esperam a morte, Yehezkel (Ze'ev Ravach), um engenheiro aposentado, bola um dispositivo capaz de ajudá-los a interromper esse sofrimento por meio da morte.

Como é um crime gravíssimo em Israel, assim como em praticamente todos os países do mundo, os idosos fazem tudo escondido e com muito cuidado. No entanto, quanto os rumores sobre a máquina começam a se espalhar e muitas pessoas começam a pedir ajuda, eles passam a refletir sobre o que estão fazendo, se seria certo ou não.



Apesar da força dramática que o tema impõe, tudo é tratado com muito bom humor. Porém, senti falta de uma estrutura mais desenvolvida, e no meio do filme já estava cansado do que via. A história, por mais interessante que seja, não empolga, mesmo com as boas atuações do elenco, composto de diversos nomes conhecidos do cinema do país. Vencedor do prêmio do público no Festival de Veneza de 2014, A Festa de Despedida funciona bem como ferramenta de debate, mas não tem o mesmo resultado como entretenimento.

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