quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Crítica: Perdido em Marte (2015)


Um mito por trás de alguns dos maiores clássicos da história do cinema. Estou falando de Ridley Scott, diretor que com 77 anos volta às telas em grande estilo com Perdido em Marte (The Martian), seu mais novo filme de ficção científica, gênero que ele sabe abordar como ninguém.


Durante uma missão no planeta vermelho, uma equipe de astronautas enfrenta uma violenta tempestade de areia, que os obriga a abortar a missão. Na decolagem eles acabam perdendo contato com Mark Watney (Matt Damon), que fica para trás e logo é dado como morto pela NASA, com direito a enterro simbólico e desculpas públicas pelo ocorrido.

Mark no entanto está vivo, e mesmo bastante ferido consegue chegar à base que eles ocupavam. A partir de então, surge o grande dilema do filme: como sobreviver sozinho a milhões de quilômetros de casa e com suprimentos limitados? Uma nova missão tripulada de resgate demoraria pelo menos 4 anos para chegar, e ele tem comida apenas para mais alguns meses.


Formado em botânica, Mark usa todo o seu conhecimento para transformar uma terra infértil em um ambiente propício para plantar novos alimentos. Outro problema a ser enfrentado era a falta de água, que ele também conseguiu criar graças ao seu alto conhecimento em química. Ele ganha uma nova perspectiva de vida quando finalmente consegue contato com a NASA, que passa a tratar seu resgate como prioridade.

O roteiro poderia apelar para o dramalhão, já que a situação de Mark é extremamente angustiante. Porém, o diretor escolheu abordar tudo com muito bom humor, e apesar de alguns exageros nesse sentido, isso acaba sendo o ponto positivo do filme. Alguns momentos inspirados nos fazem refletir sobre a situação de forma cômica, como quando Mark lembra que é o primeiro homem da história a estar sozinho em um planeta, e que por isso mesmo, ele teria "colonizado" marte.


A atuação de Matt Damon é competente como sempre, e o filme ainda possui outros destaques como Jessica Chastain, Chiwetel Ejiofor, Jeff Daniels e Michael Peña. Na questão técnica não há o que criticar, sobretudo a direção de arte que imita com perfeição o clima seco e o horizonte desértico de marte. Se os últimos 4 filmes de Scott haviam deixado uma incógnita, Perdido em Marte veio para mostrar que ele ainda sabe o que faz.

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