domingo, 29 de setembro de 2013

Recomendação de Filme #36

Amadeus (Milos Forman) - 1984

Por trás de todo gênio, há uma bela história para contar. Em Amadeus, grande produção dirigida pelo consagrado diretor Milos Forman, acompanhamos a vida de uma das figuras mais controversas que já passaram pela terra, a do excêntrico Wolfgang Amadeus Mozart.
Porém, mais do que uma cinebiografia do artista que dá nome ao filme, a obra foca principalmente na figura de Salieri (F. Murray Abraham), um ex músico da corte que possui uma forte admiração por Mozart. Certo dia, Salieri tenta suicídio e vai parar em um hospício, e ao ser consultado por um padre, confessa sua culpa na morte de Mozart. A partir desse momento, ele começa a contar a história que justifica sua ação, numa mistura de admiração e inveja.
Mozart desde pequeno demonstrou aptidão para a música, e com 12 anos já compôs uma ópera completa. Essa complexidade e genialidade era pouco entendida pelas mentes normais, já que ele estava à frente do seu tempo. Isso acabou transformando-o em um artista incompreendido, que fez com que suas obras só fossem reconhecidas de fato após sua morte.

O filme acompanha as motivações e frustrações da vida de Salieri, todas diretamente relacionadas com a arte e a vida de Mozart. A atuação de F. Murray Abraham é elogiável, e talvez a melhor da sua carreira. Quem merece elogios também é Tom Hulce, que fez a personificação mais consistente até hoje de Mozart para as telas.
Um filme de época, sobre música clássica, e ainda com mais de três horas de duração, poderia facilmente ser um desastre e um verdadeiro pé no saco. Porém, nas mãos de Forman, o filme se tornou um dos épicos mais incríveis da história do cinema, com uma ambientação de cair o queixo. É incrível perceber como a história flui de maneira sublime, com a utilização impecável da trilha sonora.

Por fim, Amadeus é uma perfeita união entre tudo que há de melhor no cinema. Tanto em trilha sonora, como em figurino e atuações, a obra é uma das mais impressionantes de todos os tempos, e trata-se de uma experiência única no cinema de época americano. Um filme que vale cada segundo de suas mais de três horas.

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